domingo, 20 de março de 2016

Não podemos estar de braços cruzados!


Não podemos estar de braços cruzados!

Esta é uma frase que utilizo muito. Sinto que tenho que fazer o que puder pelos outros. Pelos refugiados, pelos sem-abrigo, por aquele que disse mal de mim, por aquele que gozou comigo, pelo meu colega, pelo meu amigo, pelo professor, pela família, por aquela pessoa que cruzou o meu caminho.  Sinto que tenho o dever de melhorar a vida de cada um deles. Melhorar a vida de todos os que me rodeiam. 

Não são precisas ações enormes, até porque se estiver a pensar intensamente sobre algo grande, capaz de mudar a nossa sociedade, mundo, é muito provável que acabe por não fazer nada. 
São as pequenas coisas. As pequenas coisas levam a grandes feitos - a típica frase clichê. 
Um abraço, um telefonema, um olhar, uma carta, uma conversa, um passeio... Mas para qualquer uma destas ações acontecer, temos que assumir uma atitude de disponibilidade. Disponibilidade para com o outro. 

Não somos nem mais nem menos que qualquer pessoa - outra frase clichê.

A chave para combater as injustiças da nossa sociedade é a caridade!

Lembro-me que quando andava no colégio, no 9º ano, a professora de Religião e Moral mandou-nos escrever um texto com o título "Como podemos mudar o mundo?". Cada uma teve alguns minutos a escrever e no final entregamos à professora. Na aula seguinte a professora entrou na sala, todas nós nos levantámos, a professora sentou-se, nós sentámos-nos a professora tirou um conjunto de folhas da sua mala e disse que ia ler o texto que mais gostou. Leu a primeira parte e apenas na segunda é que me apercebi que o texto escolhido fora o meu ( em todos os textos divago sempre na primeira parte). Senti-me um pouco envergonhada, pois nunca me senti muito à vontade em ser reconhecida por algo em público, mesmo sendo bom. No final a professora perguntou-me se tinha visto um filme cujo título é "Favores em Cadeia", eu respondi negativamente, pois realmente nunca o tinha visto. O meu texto era tal e qual a mensagem do filme. Era criar uma cadeia de entre-ajuda. Uma pessoa ajudava uma segunda pessoa, essa segunda pessoa ajudava uma terceira pessoa etc, de modo a que essa ajuda levasse à felicidade da pessoa em causa

O maior exemplo de caridade que tenho é Jesus. Ele deu a sua vida para nos salvar. A morte de Jesus mostra o seu grande Amor por cada um. É esse amor que, na minha pequenez, tento ter e viver todos os dias, pois sei que só com esse amor é que a humanidade progride. 

"Se a mensagem cristã sobre o amor e a justiça não mostra a sua eficácia na ação pela justiça no mundo, muito dificilmente ela será aceitável para as pessoas do nosso tempo", Justiça no Mundo 36